Como é difícil dizer adeus
Dói na alma, explode no peito
É como carne arrancada à força
É como dente cravado enquanto se sofre
Se despedir é acolher um buraco dentro de si
É receber a saudade, abraçar as lágrimas
É como ver partir parte de você
É como se desintegrar e tentar viver particionado
O tempo nos faz íntimos da eternidade
Afinal, pouco a pouco ela recolhe nossos amigos
Até que pouco sobra desse espaço
Aqueles com os quais nos identificamos profundamente
Oh portais eternos!
Abram-se para a chegada do meu coração
Recepcionem com júbilo a entrada dos meus amados
Até que um dia, seja eu o convidado de honra!
Rodrigo Campos
Um Caminhante Aprendiz