Eu prefiro 10 igrejas de 1.000 membros espalhadas pela cidade do que 1 de 10.000 membros. Eu prefiro 5 grupos de música em 5 igrejas diferentes, do que 5 na mesma igreja e as outras sem nenhum. Eu prefiro estruturas oxigenadas, onde há oportunidades para todos, do que estruturas oligárquicas, onde o indivíduo está lá ha 35 anos e só vai abrir espaço para um outro quando morrer. Eu prefiro 10 novos palestrantes em um evento do que 10 palestrantes com 20 anos de testemunho iguais os quais, não raras vezes, ninguém aguenta mais ouvir.

Eu prefiro descentralizar a centralizar, eu prefiro dar oportunidade de desenvolver líderes a fossilizar uma liderança, eu prefiro ajudar onde não há talentos, do que me aninhar onde já tem gente de sobra, eu dou prioridade a novos desafios e desprezo os velhos mapas. Eu prefiro servir onde não há muitas habilidades e ajudar onde eu faço a diferença.

A igreja, tristemente, tornou-se uma instituição egoísta e ensimesmada, as grandes denominações possuem suas “igrejas-modelo”, enquanto as outras definham sem ajuda e comprometimento, todos querem estar na “sede” onde os holofotes realçam as pessoas, ninguém quer ir na periferia para ajudar aqueles manos que estão lutando contra tudo e contra todos.

Sim, prefiro ser Paulo, que largou tudo e foi para os gentios nos confins do mundo, a ser Pedro, que ficou em Jerusalém com uma mega-igreja, sei que isso é o perfil de cada um, por isso estou dizendo que “prefiro”.

Carlos Moreira
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