Quem trabalha e mata a fome, não come o pão de ninguém. Quem ganha mais do que come, sempre come o pão de alguém. Autor desconhecido.

A base da injustiça é justamente a crença de que preciso ter mais do que, de fato preciso, ou pior, achar que que mereço mais do que tenho feito por merecer.

“Temo somente uma coisa: não ser digno do meu tormento” – Dostoiévski.

Não podemos estar abertos somente às coisas boas… O sentido da vida está em tudo o que ela pode nos oferecer, inclusive o sofrimento, a dor, a angústia e a morte. Quando abrimos mão disso (e o temos feito muito, pois nossa sociedade de hoje foge da dor e do sofrimento ao invés de encará-los de frente), o que temos é uma vida pela metade, fracionada, despedaçada… e quando a dor chegar? Quando ela chegar, desacostumados que estamos, não resistimos, sucumbimos. Não será fácil, tampouco agradável, mas nos fará inteiros.

“O tremor de terra revela mananciais”. Friedrich Nietzsche.
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Nietzsche formulou essa máxima em seu livro “Assim falava Zaratustra”. Uma analogia para mostrar que da crise, da quebra de paradigmas, podem surgir novas e boas possibilidades. No contexto da crise, que são nossos terremotos emocionais muitas vezes devastadores, fendas são abertas em nossas certezas, tremores nos rasgam, nos bagunçam, nos tiram do eixo… mas também fazem brotar do mais íntimo do nosso ser, novas fontes a jorrar, basta que exercemos a difícil arte da espera.

“O que é, então, um ser humano? É o ser que sempre decide o que ele é”. Viktor E. Frankl.
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Nunca acreditei na “filosofia do coitadinho”! Ser um coitado é limitado e limitador. Todos somos responsáveis pelas decisões que tomamos, ainda que seja não tomar decisão nenhuma (esta também é uma decisão).
Às vezes, decidir por algo pode trazer consequências ruins para o cotidiano, entretanto, consequências nefastas podem causar um vazio na alma, quando não se pode ou não quer decidir…

Júlio César Gonçalves
juliofilosofia@gmail.com
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