Homens das Certezas

Homens das muitas certezas, vocês ficaram pesados e pequenos demais. Ambiente sem frestas, sem horizontes, áridos.

Soberbos negam que a vida seja mistério e acorrentam-se na verdade que angustiadamente constroem. O esforço pela admiração os diminui.

Convencem o mundo apenas para convencerem-se de que jamais serão esquecidos.

Vaidosos, seduzidos por si próprios, requerem servos. Os que não seguem não servem.

Homens cheios de certezas entrincheirados nos claustrofóbicos reinos que se esforçam para construir com muitas e muitas e muitas palavras. Requerem a divindade para si.

Tristes donos da verdade, não fazem perguntas, não demonstram dúvidas, não admitem jamais que suas tantas certezas lhes aprisionaram. Acorrentados nas próprias razões, tristes e pequenos demais.

Flávio Siqueira
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