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E se fosse o fim?

Planos e planos, quantos planos! Vou me casar, vou ter filhos, vou estudar, vou ganhar dinheiro, vou visitar lugares, vou comprar as coisas, vou conquistar a casa própria, vou comprar um carro, vou trocar de carro, vou usar meus potenciais, vou surpreender com minha genialidade. Os planos não cessam, os objetivos se perpetuam dentro de nós, é como se o tempo fosse infinito, é como se o amanhã fosse sempre certo, é como se tivéssemos sempre a certeza de que vamos ter tempo pra realizar, vai dar tempo de dar cabo a todas as nossas idealizações.

Mas, e se o fim estivesse mais próximo do que imaginamos? E se uma notícia nos trouxesse a realidade de que não dá tempo nem sequer de completar um terço de nossas missões? E se fosse o fim de nossa vida nessa terra? Qual o tamanho do vazio que isso traria ao nosso coração? Em que escala a gente se afundaria em tristeza e desespero?

Talvez o mito popular de que o mal só atinge a casa do vizinho e nunca a nossa casa, tem tido o poder de nos anestesiar quanto à realidade da morte. Mas não se engane, olhe ao redor, a dengue, as gripes, os cânceres, os assaltos, os acidentes, todas essas coisas estão aí para nos mostrar que estamos mais pertos do perigo do que imaginamos!

Mas, o que fazer diante disso? Não sonhar? Não desejar boas conquistas? Vamos estagnar, adoecer de antemão e desistir de viver? Certamente que não! Talvez o desafio nesta vida seja a busca pelo equilíbrio da consciência da possibilidade da morte, juntamente com a esperança de que em fé podemos caminhar sem medo, desbravar o mundo e aprender a andar com sabedoria pela vida.

O sábio Pregador afirmou: “É melhor ir a uma casa onde há luto do que a uma casa em festa, pois a morte é o destino de todos; os vivos devem levar isso a sério!” Pensar na possibilidade do fim nos dá a consciência necessária para vivermos cada passo na vida com mais sobriedade, sem postergações desnecessárias, sem adiamentos preguiçosos, assim fazemos uma gestão inteligente do tempo que possuímos e das oportunidades que batem à nossa porta.

Rodrigo Campos
Um Caminhante Aprendiz

E se fosse o fim? Você tem adiado decisões importantes de sua vida?  Você tem vivido anestesiado quanto à possibilidade de que talvez você não tenha tanto tempo assim quanto imagina?

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