Se for loucura aceitar o amor
Do jeito que ele vem
Com sua intensidade e verdade
Leveza e alegria
Assumo minha insanidade
E me entrego sem reservas

Para mim, loucura é se esquivar
Da melhor oportunidade da vida
Loucura é ter medo de ser feliz
E ao seu lado, a felicidade foi potencializada
Loucura é não enxergar os presentes
Que a graça de Deus nos oferece

Loucura é orar aos prantos
E não aceitar quando a resposta da oração vem
Loucura é estar diante de um banquete divino
E preferir as migalhas de uma vida sem graça
Loucura é se acostumar com a infelicidade
E se casar com ela sendo fiel até o fim

Loucura é ser sequestrado pelos padrões deste mundo
Que tentam determinar como tudo deve acontecer
Tempos, datas, modos, intensidades
Loucura é viver para agradar, viver para se encaixar
Viver para ser aplaudido, viver a vida que não tem o nosso tamanho
Loucura é não se render ao amor

Loucura é ver a luz e preferir as trevas
É provar da doçura e preferir o amargo
É receber o remédio e se apegar às feridas do passado
É estar diante de um milagre e viver em estado de ingratidão
É olhar para nossa pequenez e continuar vivendo com soberba
Loucura é conhecer a fé, mas mesmo assim escolher a dúvida

Sou dos loucos que acreditam no amor
E sendo fiel às minhas percepções
Sei que fui amado por Deus antes de qualquer outra coisa
E que recentemente encontrei a minha pessoa
E escolhi amá-la como a mulher da minha vida
Me julgue se quiser, dessa loucura não arredo o pé.

Rodrigo Campos
Um Caminhante Aprendiz

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