Na contagem regressiva
Do último adeus
Posso afirmar com total tranquilidade
Que a viagem foi vivida com honestidade e oração
(a tão rara oração)
Não me poupei de absolutamente nada
Ofereci o melhor de mim no processo
Me expus, me ofereci, abri portas de diálogo
Mas, todas foram ignoradas
Nenhuma delas fez sentido,
Tampouco foram valorizadas ou minimamente aproveitadas
As suposições tomaram conta
E a rejeição foi a realidade final
Por mais doloroso que isso seja
Não resta outro caminho, senão o do adeus
Qualquer tentativa de alimentar esperanças é desumano,
É apostar no acaso, na aleatoriedade da vida,
É crer em um sinal positivo que nunca aconteceu,
Numa falsa narrativa de que tudo automaticamente vai dar certo no final
(significando que haverá reconexão)
Eu não darei ao acaso minha fé
Eu daria a minha fé ao diálogo sincero,
Daria minha fé ao abrir de corações,
Daria minha fé à vontade explícita de se reconectar,
Daria minha fé ao movimento evidente de buscar recursos de reaproximação,
Mas em nenhum momento isso foi uma realidade
Todas as minhas tentativas foram desprezadas
O diálogo nunca aconteceu comigo
Foi sempre com pessoas de fora, foi sempre dentro do próprio mundo
De si pra si mesmo, um mundo que me fora proibida a entrada
Um mundo cuja porta está fechada e a chave é outra, miolo trocado
Já toquei a campainha, convidei pra um café
Me dispus a ouvir, a entender, a dialogar
Mas, todos os movimentos deram em nada
Já revisitei o passado, fiz o necessário caminho de volta
E, finalmente, vai chegando o tempo de deixar tudo definitivamente pra trás
E dessa vez, para o último adeus.
Rodrigo Campos
Um Caminhante Aprendiz
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