A vida é cheia de atritos, desencontros,
Entendimento obstruído, frustrações de expectativas,
E na tentativa de lidar com isso
Por vezes, querendo explicar a razão das coisas,
Acabamos nos apegando a inúmeras versões
Que criamos da realidade, nem sempre fiéis a ela,
Até as fronteiras de onde o nosso entendimento alcançou.
E, infelizmente, motivados pela vontade de culpar outros,
Ou mesmo de fugir da nossa participação pessoal que gerou tal resultado,
Nos apegamos firmementes à versão que isenta nossos erros,
Que nos faz nos sentir menos responsabilizados e, também,
Que nos é mais conveniente para atrair o bom olhar e cuidado das pessoas ao nosso redor.
É assim que pessoas se transformam em monstros da noite pro dia,
Que santos viram demônios, que filhos de Deus viram hereges,
Que amores se transformam em ódio, indiferença e amargura.
E quanto mais você repete a versão da realidade adotada como narrativa interna (e externa),
Mais você se convence de que tal é a leitura correta de si, do outro e das circunstâncias.
Além disso, a gente pode receber reforços externos de amigos, parentes, etc.
Tanto quanto podemos receber confrontos, posições discordantes e novos pontos de vista,
Que podem ser ignorados ou recepcionados com honestidade e coragem.
Talvez aí se apresente a necessidade de sempre duvidarmos das nossas versões pessoais da vida,
Especialmente quando estamos nos sentindo mal, machucados e entristecidos.
Apegados à dor, distorcemos facilmente a realidade,
E nenhuma falsificação da vida se constitui numa boa plataforma para construir um recomeço.
A verdade tem que ser encarada por nós, ainda que seja dolorida.
Pois, a verdade (mesmo dolorosa) sempre nos liberta, mas a dor do nosso vitimismo nos aprisiona.
Rodrigo Campos
Um Caminhante Aprendiz
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