A difícil dinâmica da vida consiste no fato de que não há alegrias sem dores, nem dores sem alegria, ambas convivem, se alternam e assumem, cada uma, o seu protagonismo. Quando as coisas parecem estar se encaminhando, as notícias tristes não deixam de chegar. Mas, quando a tristeza alcança o coração, há também motivos para se alegrar e se ter esperança. Estou tentando cultivar a esperança!
Eu cheguei no meu limite, parei tudo, fiz uma oração ao único capaz de me socorrer, aquele que me conhece mais do que eu mesmo me conheço. Sou como Pedro que após andar sobre as águas começa a afundar e grita por socorro. Só as mãos Dele pra me ajudar a vencer o desespero que vem dos ventos e das águas agitadas.
Não é difícil cultivar uma amizade, basta ter iniciativas mínimas que demonstrem interesse pela vida do outro. Em tempos tecnológicos, temos todas as ferramentas pra vencermos os desafios da distância física. Daí vai da inteligência e disposição de cada um, construir seus relacionamentos e se manter por perto dos verdadeiros amigos.
Essas ideias foram resultado de um diálogo com o meu melhor amigo Rafael de Campos ontem 
O evangelho de Jesus é um convite, nunca uma imposição, ele é o poder que nos salva de nós mesmos nos mergulhando profundamente na experiência do amor. Parece impossível a gente se tornar humanos transformados de verdade até darmos de cara com o poder do evangelho. Esse poder renova a nossa consciência, mistura a mente de Jesus à nossa mente, nos faz andar como luzes no meio da escuridão, faz das nossas ações o discurso mais eloquente de todos, contra o qual não há qualquer refutação.
Quem tem preguiça de olhar pra dentro de si, descobrirá suas próprias lacunas da pior forma possível: decidindo errado, colecionando traumas e causando feridas por onde passa. A autoanálise não impede que erros sejam cometidos, mas evita aqueles que são desnecessários, que atrasam a vida, os que são frutos da nossa alienação e ignorância. A preguiça trabalha contra a maturidade.
Não rogo sobre mim o título de pastor, líder, mentor, autoridade espiritual ou qualquer coisa semelhante. O que quer que minha vida represente pra você, isso é, por si só, suficiente para que nossa relação seja leve e verdadeira, sem a necessidade de diferenciações classificatórias. Os títulos, por vezes, na cabeça da maioria, cria um senso de hierarquia de poder, e isso por causa dos séculos de cultura religiosa dominante. Portanto, me chame de Rô, de Rodrigo, de amigo, de companheiro de jornada ou qualquer coisa que me coloque ao seu lado (nunca acima de você).
Na vida há muitos espaços a se ocupar. Escolha os lugares que te cabem, que coadunam com sua missão de vida, com sua essência, com o que você aprendeu ao longo da vida, evite perder tempo com aquilo que te atrasa, te piora, te amarra, te limita e mina todo bom potencial que há em você. Me cabe o que traga leveza, espiritualidade sadia, o que liberta, amadurece, vivifica, ressuscita e contribui para o bem. Me cabe o que cura, o que une pessoas em torno do que é bom, o que apresenta Jesus como o Caminho, o que seja fruto da pureza, da bondade e do amor.
Se alguém me perguntasse hoje como eu estou, responderia sem vacilar: me curando, restaurando o brilho dos meus olhos, me reposicionando, resignificando minha história, reconhecendo os meus espaços de felicidade, assumindo e aceitando as nuances da minha identidade, vivendo experiências de amizade verdadeira.
Rodrigo Campos
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