Não existe melhor sensação do que deitar a cabeça no travesseiro e saber que você deu o seu melhor naquele dia, você pode ter até cometido algum erro, mas foi sempre tentando acertar e com o melhor da sua consciência. Dormir em paz pelo simples fato de que você foi você, sem medo, sem médias a fazer, na certeza de que você é aceito, amado e guardado pelo Pai que está nos céus. Isso é simplesmente poderoso!
Nessa semana, completo 7 meses de terapia. Antes de mais nada, quero dizer que sinto orgulho de fazer terapia. Não faço por “estar na moda”, nem por obrigação com o objetivo de agradar alguém, faço por saber que posso crescer muito com esse processo, faço por ter a consciência de que a complexidade da minha história gerou realidades dentro de mim que sozinho não consigo lidar de maneira saudável.
Agradeço à minha esposa que me estimulou, insistiu em me mostrar a importância disso e conseguiu a indicação dessa profissional tão competente e querida que é a Leila.
De tudo o que eu poderia dizer sobre os benefícios que tenho provado da terapia, destaco:
* Autoaceitação. Nunca me senti tão livre e bem comigo mesmo em toda minha vida.
* Enfrentamento das dores da minha história. Eu não percebia que havia tanta dor represada no meu interior (dor em forma de rancor, raiva, tristezas mal elaboradas) e a terapia tem me ajudado a me enxergar e a lidar com tudo isso.
* Organização das ideias. Aquele sofá é um lugar onde os tesouros da minha alma são retirados e trazidos pra narrativa. As coisas aparentemente desconexas, em algum momento passam a fazer sentido, na medida em que vou relacionando o que disse com o que sinto incluindo também as benditas provocações (e também explicações) que lançam luz sobre várias realidades antes não percebidas.
Por fim, hoje é dia de celebração por isso que citei e muito mais que tem acontecido nesse processo terapêutico.
Sigo avante, o tempo que for preciso.
Quando estamos diante da beleza do universo, nossa primeira reação é de usar as palavras para descrevê-la, poetizando, musicalizando, teorizando, imaginando e até fantasiando. Algum tempo tempo, quando as palavras já foram expressadas, o silêncio toma conta, como que reconhecendo o absurdo, o imponderável, o indescritível, o absoluto amor de Deus presente em tudo o que Ele criou, desde o micro até o macro universo. Daí a gente entende o Salmista que disse: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite. Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz. Mas a sua voz ressoa por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo”. É uma fala sem palavras, são palavras sem fala, nessa extraordinária dinâmica de existir.
Economizo nas fofocas, no ciúmes, no olhar maldoso, na insegurança, na maldade explícita e velada, na vingança, no rancor, na inveja, nos julgamentos, nas rotulações. Dessas coisas, me afasto o máximo que eu conseguir e, por vezes, isso até custa algumas relações.
Mas não economizo nenhum pouco quando o assunto é amar, cuidar, dar suporte, ensinar, orar, compartilhar experiências, olhar a vida sob o ponto de vista de Jesus, caminhar junto, ser recíproco no carinho. Nessas coisas faço questão de ser voluntarioso, generoso e cheio de afeto.
Não me renderei ao esfriamento do amor!
Eu sempre fui apaixonado por estar em comunidade. Desde 2003, me reunir com pessoas em torno do ensino de Jesus é uma alegria imensurável. Meus olhos brilham, o sorriso aparece, a brincadeira é espontânea, o amor floresce, tudo faz sentido. Além disso, ouvir a história das pessoas, ter a oportunidade de aconselhar, repartir uma reflexão é também uma grande paixão da minha vida. Esse é o meu ninho, sinto que nasci pra isso, as horas passam e a sensação é que o tempo parou. Hoje em dia, sou pastor de quem me considera pastor. Não sou pastor por imposição, nem por obrigação, nem por pertencer à mesma denominação. Sou pastor dos que livremente sentem que o que sai de mim vale a pena ser ouvido e praticado. As “ovelhas de Jesus” que tenho o privilégio de pastorear estão espalhadas por muitos lugares. O meu maior desejo na vida é que cada uma delas mantenham seus olhos fixos no autor e consumador da nossa fé.
Por causa de Cristo Jesus, o olhar da gente vai perdendo as fronteiras, os muros, os preconceitos, os estigmas sociais. Você serve o próximo, não porque ele seja homem, mulher, idoso, jovem, rico, pobre, heterossexual, homossexual, religioso ou não, você serve o próximo por ser da sua natureza servir, você ama por ser da sua natureza amar. A sociedade, como um todo, não está preparada pra esse olhar. Acostumada à maldade, às más intenções, às rivalidades, em geral, as pessoas são maldosas no juízo, nas rotulações, nas classificações. Eu tenho morrido cada vez mais pra minha reputação. Quando mando corações, sou gentil, declaro meu amor e faço questão de servir, embora cada um interprete segundo sua própria consciência, eu sei muito bem da minha intenção e da motivação da minha ação. Se os nossos olhos são bons, todo o restante será bom. Mas, quando nossos olhos são maus, tudo o que enxergamos na vida é o mal.
Setembro chegou.
Hoje o dia está cinza como minha alma.
Esperando o bem chegar com Setembro.
Enquanto tal bem viaja e não chega,
Aguardo o bem fazendo o bem em Setembro.
Até que o bem encontre o bem e o Setembro fique de bem.
Bem Setembro.
Setembro do bem.
O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã. Eu me deito, durmo e depois acordo, porque o Senhor me sustenta. Em paz também me deito e durmo, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança.
Estou esgotado no corpo, mas renovado no espírito.
Nosso Pai que está nos céus me confiou algumas potencialidades que são ferramentas úteis para o serviço do meu próximo, e além disso, me presenteou com amizades em que a reverência, o carinho e a reciprocidade do amor são o elo que nos une. Eu seria um louco se desprezasse esses tesouros, se os tratasse com desdém. Quero que floresça, cresça, multiplique, amplifique, cada dia mais.
É no anseio de viver que muitos morrem
Morrem pela precipitação de não olhar por onde anda
Morrem por tomar veneno quando a sede era de água
Morrem pela pressa de pular etapas essenciais
Morrem por se fechar para a realidade do amor
Morrem pela alienação que sua indiferença lhe causou
Morrem por se autovitimizar ao invés de ser erguer e lutar
Morrem pela amargura do casamento com seu rancor
Morrem por matarem a esperança de que o bem sempre prevalece sobre o mal
Morrem pela desistência de lutar o bom combate
E se existe uma morte que vale a pena experimentar é a morte da semente
É a morte que nos faz morrer pra aquilo que impede de frutificar
É a morte que nos conduz à compaixão
A morte que vira ressurreição
Morte que conduz à vida
Vida-Morte
Morte-Vida
Rodrigo Campos
Um Caminhante Aprendiz
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