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Todos os dias

Existe algum tipo de motivação pessoal que te conduz a fazer uma determinada coisa TODOS os dias? Alguma atividade pela qual você é fascinado, algo que parece ter um poder em si mesmo, que não precisa de incentivo, você se move quase que naturalmente naquela direção?

Eu tenho e se chama “cuidar/pastorear/ensinar pessoas”. É o que tenho feito a quase duas décadas. Pessoas precisam de suporte, de incentivo, de amor, de reflexões que as leve a novos pontos de vista, pessoas precisam de amparo em meio às adversidades da vida, pessoas precisam de bons amigos, pessoas precisam de quem se importe com elas. Esse é o sentido da minha vocação e não me vejo fazendo outra coisa até o último dia da minha vida. As formas são variáveis, os temas são oferecidos pela própria existência, as oportunidades são geradas diariamente e eu simplesmente as aproveito, dou atenção a elas, me coloco à disposição e o serviço é realizado naturalmente com muito amor.

Eu entendo completamente quando leio, em Atos 2, uma comunidade que se reúne diariamente com intensidade, sede de aprendizado e cheios de sinceridade no coração. “Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em casa e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração”. Aconteciam todos os dias, pois havia um combustível motivador que não cessava jamais. Partiam o pão, pois não há nada mais íntimo e pessoal entre amigos-irmãos do que sentar-se à mesa e compartilhar a vida. E o tom da reunião era a alegria e a sinceridade, elementos completamente raros em nossos dias. A alegria se baseava no amor de Deus por eles e a sinceridade de coração era a plataforma através da qual se relacionavam com Deus e com o próximo. Dois elementos frutos de uma consciência cheia de Cristo Jesus.

Todos os dias. Era uma motivação que dormia com eles e acordava no dia seguinte. Não era a empolgação de um evento, nem de um período, é sede e fome de relacionar-se como irmãos na direção de Deus. Esse sentimento não é fabricado, nem produzido artificialmente. Ou está na essência do ser ou é mero ativismo religioso. Todos os dias. Não se cansavam, pelo contrário, se renovavam nesse amor uns para com os outros. Pra quem não tem essa sede e esse espírito, todos os dias parece sempre um grande exagero.

Todos os dias. Porque era leve, espontâneo e libertador. Ninguém suporta todos os dias se a experiência for infeliz, cheia de mentiras e falsa religiosidade. Um “todos os dias” que produza alegria só pode ser em torno do amor que gera vida. Um “todos os dias” de graça e mais graça, vida e mais vida, uma fonte que jorra até a eternidade.

Rodrigo Campos
Um Caminhante Aprendiz

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2 comentários sobre “Todos os dias

  1. “TODOS OS DIAS” que linda reflexão.
    Não tenho muito o que argumentar tá tão perfeito o texto.
    Só sei dizer que compartilho do mesmo sentimento.
    TODOS OS DIAS….

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