A vida é curta demais pra gente ficar preocupado com a opinião e, muitas vezes, preconceitos alheios. Viva conforme sua melhor consciência, sendo o que você é intensamente, cheio de serenidade e paz. Ame de propósito, use seus dons generosamente, seja uma manifestação de graça e verdade onde quer que você vá, mesmo que te critiquem. Suporte a ignorância das pessoas, perdoe a maldade do olhar delas e siga seu caminho sem inimizades como Jesus também o fez. No final das contas, seja fiel Àquele que conhece seu coração e suas intenções. Ele é o seu salvador.
Uma das coisas que tenho aprendido na terapia é a reconhecer a minha situação emocional, sem necessariamente criar teorias, explicações ou anatomizar meus sentimentos. Reconhecer o que é realidade e ponto. Se é uma realidade boa, aprender a desfrutar dela sem carregar sobre mim a ansiedade que tenta me fazer olhar para o futuro e me angustiar.
Começando o dia com a menina mais linda desse mundo 
É muito bom olhar para o espelho e me sentir bem! Não por estar tudo perfeito, meus dentes não são os mais retos e tem muitos reparos a fazer, minha barriga não é definida na academia (não tem gominhos, tampouco é chapada), meu cabelo está por cortar, minhas rugas e marcas de expressão estão bem presentes (herança do meu pai), meu óculos está riscado, mas está tudo bem, estou feliz, me sinto parte da criação linda de Deus e estou em paz em minha caminhada. É um sentimento inexplicável, é se saber amado pelo Pai que está nos céus e se aceitar apesar dos defeitos.
Pedro disse: “Jesus, se afaste de mim, pois sou pecador”. Jesus não se afastou de Pedro e é como se Ele dissesse: “Eu te amo, não vou me afastar de você, lide com a profundidade desse amor”. Nós estamos representados em Pedro.
Todos nós, sem exceção, somos vítimas do preconceito, uns mais outros menos. O preconceito, nada mais é do que uma informação prévia que aliada a uma atitude negativa, conduz o outro a criar falsas conclusões, fazer análises infundadas, espalhar falsas ideias sobre outras pessoas resultando em hostilidade, podendo chegar à intolerância e à violência. Por isso, precisamos nos manter sempre abertos e dispostos a desfazer nossos preconceitos, analisando cada um dos nossos pensamentos sobre o outro, se condizem ou não com a realidade e verificando o que os impactos de tal realidade em nós significa. Não tenha medo de mudar, quando essa mudança significa a destruição dos seus preconceitos!
Sou pai de uma menina linda chamada Sophia de 9 anos. Tenho tido o privilégio de exercer uma certa paternidade espiritual (embora nunca chame dessa forma) para algumas pessoas que assim me consideram. Seja pela carne, seja pelo espírito, é bom demais ter filhos. Me sinto muito abençoado por essa realidade, ainda que considere também a grandeza dessa responsabilidade.
Quanto mais o tempo passa, mais desenrolado, descomplicado, desestigmatizado, livre e expandido na percepção me torno. Mesmo se pudesse, não trocaria o dia de hoje por nenhum outro dia do passado. A vida está ficando cada vez melhor!
Carregamos no inconsciente coletivo séculos e séculos de preconceito e estigmatização da sexualidade. Quanta doutrinação, castração e assédio em nome de Deus foi cometido ao longo do tempo. O culto à ignorância conduziu bilhões de pessoas à pior experiência sexual possível ao longo da história. Precisamos limpar nossos olhos, desintoxicar nosso coração, reaprender a reconhecer a beleza da criação, nos reconectar com os fundamentos do nosso ser e voltar a celebrar a vida sem culpa ou medo.
O evangelho na boca de alguém que apenas o teoriza é infrutífero e enfadonho, é uma filosofia vazia, é um acúmulo sem fim de informações que não muda a vida, é intelectualidade cheia de ignorância, é verborragia sem significado essencial, ainda que milhões de pessoas a aplaudam e a incorpore em sua própria identidade. Cegos guiando outros cegos.
Aprendi uma coisa com Jesus: a violência do outro não precisa produzir violência em mim; não preciso reproduzir o adoecimento psíquico do próximo; posso ser doce, dar a outra face, viver sob a ótica que o outro não conhece, a saber, a do amor!
O dia mau chega pra todos nós.
Dia em que a energia esgota e os recursos são limitadíssimos.
Dia em que o fim do túnel parece estar há quilômetros de distância.
Dia em que a paz foge da gente como o rato foge da cobra.
Nesse dia, mesmo com os sentimentos atropelados, esmagados e fragmentados, o que nos resta é a persistência de uma fé que não precisa sentir.
É a fé que age por princípio, por conhecimento, por consciência que será nosso escudo e nossa espada no dia mau.
O dia mau não nos fará fazermos o mal a quem quer que seja.
Quanto mais somos afligidos, tanto mais, uivando, exercitamos o amor.
A gente sangra e ama, sofre e abençoa.
O dia é mau, mas aquele que nos habita é bom.
O bem vence o mal!
Rodrigo Campos
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