No ano de 2008, assumi a responsabilidade de cuidar de um pequeno grupo de pessoas em Álvares Machado SP. Eu me lembro muito bem da circunstância, do contexto, do ambiente, das pessoas, pois foi um período muito especial da minha vida. Recém casado, morando ainda em Presidente Prudente SP, me lembro de muitas conversas, encontros e orações com pessoas de todos os cantos de Álvares Machado SP. Fazíamos reuniões aos domingos e quartas no templo. às terças nas casas e aos sábados sempre criávamos alguma programação para estar com os irmãos. Eu adorava a plantação de banana que havia no fundo do terreno, que eu visitava com certa frequência meramente por causa da paz que havia ali.
Viajávamos de fusquinha vermelho pra cima e pra baixo e um pouco depois, em 2009, compramos uma moto zero quilômetro que fazia essa função tão importante. Foram 3 anos muito frutíferos ali. Mesmo reconhecendo que a minha mentalidade estava longe de amadurecer em determinadas áreas, tudo era feito com muita honestidade, sinceridade e empatia. Fiz ali amizades que perduram até os dias de hoje, como é o caso da Jaqueline Soares e a Rosiane Dalben (mãe do Vitor Dalben).
Além de todas essas coisas positivas que aconteceram ali, no final dos 3 anos, fui recebido no gabinete pastoral que visava avaliar todo o trabalho pastoral executado ali. Para minha triste surpresa, não fui avaliado a partir das ações diárias que eram feitas em favor daquela comunidade, mas sim a partir do número de frequentadores daquele local. A mensagem que recebi tinha o seguinte conteúdo: você não está indo bem pois, o número de frequentadores é muito baixo! Pouco importava as horas oferecidas ao lar de Idosos da cidade, ou aos doentes da comunidade, se o número de frequentadores não era grande, é como se o trabalho realizado fosse completamente dispensável.
Essa avaliação, nesses termos, me marcou muito naquele período. Foi mais um elemento que me levou a refletir sobre o quanto a religião se distancia da espiritualidade praticada no dia a dia e o quanto ela se assemelha a empresas cuja métrica de avaliação é totalmente parcial e limitada. Para Jesus, dois ou três reunidos em torno Dele é o suficiente, mas para a religião é pouco demais. Uma pessoa valer mais do que o mundo todo também é um versículo abandonado para quem surtou pelo poder, pelas multidões e que se enfeitiçou pelo padrão de sucesso deste mundo.
Estou muito feliz em poder me libertar desse pensamento tão limitante e me reunir com 1, 2 ou dezenas de pessoas sem que isso seja uma questão ou um indicativo de sucesso ou fracasso. Estar com quem deseja estar, sem amarras, sem avaliações de performances, apenas e tão somente pelo amor!
Rodrigo Campos
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