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Boa parte das pessoas temem viver debaixo da Graça de Deus, pois suspeitam profundamente que ela conduz os indivíduos a uma espécie de libertinagem existencial. É a velha ideia de que “perdoar fará que o outro tenha nova chance de errar”. Esse “medo da Graça” está presente nas relações familiares, como por exemplo quando o marido tem medo que a esposa se relacione com pessoas que não estejam debaixo do guarda-chuva dele, ou mesmo quando a mãe tem dificuldade de permitir que o filho saia da “barra de sua saia”. No fundo, é a dificuldade de sair do controle do outro e assim, ter que lidar com uma consciência livre pra errar, acertar, aprender, desaprender e construir seu próprio caminho na vida.

A Graça é libertadora! Quando sou chamado a me afastar do medo de Deus, das duas uma: ou o obedeço por amor ou me afasto dele pelo culto ao próprio ego. O medo de Deus nunca produziu adoração, mas tão somente neurose. O medo distorce nossa relação com qualquer que seja o humano, quanto mais com Deus! O medo estabelece que a punição é mais temível do que a consequência do “escolher não ser em Deus” para o sentido da própria vida. Quando estou livre desse medo, estou prestes a decidir livremente qual será a vereda do meu caminho.

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Interessante. Eu mesmo tive (ou talvez ainda tenha um pouco) medo dessa Graça. Eu aprendi a enxergar a vida como certo e errado, bem e mal, luz e trevas, justos e injustos (sendo que justos eram os crentes…), que agora tem sido difícil (ou melhor, um aprendizado e desafio) andar pela própria consciência, sem um grupo de regras de uma determinada denominação me guiando nas decisões entre o bem e o mal.
Como o Caio disse uma vez, às vezes podemos ter a tendência de escolher sempre entre os extremos: “ou é calça de veludo ou é bunda de fora”… rsrs
Achar o equilíbrio, andar pela própria consciência (regenerada pela Graça e o evangelho), não se deixar ser governado pela Moral, mas sim pela ética etc
ainda tem muito chão pela frente (digo em relação a mim mesmo).