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Na ótica de Jesus, o fariseu que se coloca diante de Deus como “grande” por executar as práticas certas não recebe justificação; já o publicano que “pede misericórdia” cheio de consciência da sua pequenez diante de Deus, volta pra casa justificado! Isso me estimula a pensar sobre “qual é o tamanho que eu tenho pra mim mesmo”. A visão que tenho sobre mim vai determinar a minha postura para com meu próximo. Se minha visão sobre mim mesmo me faz desprezar o outro, me sentir superior ao outro, marginalizando-o, esse surto de grandeza já me separou da verdadeira vida. Sem justificação, sem vida abundante. Me exaltar, ainda que em nome de Deus e da minha religiosidade, resultará na minha humilhação.

Quero repetir essa fala do Caio: “quem vive na Graça também já não tem mais nada a provar”. Isso é libertador! A Graça faz morrer em nós a tentativa de nos provar aos outros, a nós mesmos e a Deus. Quem internalizou essa realidade, viu cessar a angústia do “não pertencimento”, da “imperfeição”, do “medo de Deus”. Quem não precisa se provar terá fôlego pra amar intensamente, sem medo das consequências desse amor. Para ganhar Cristo, tudo fica secundário. A reputação pública não nos impede mais de falar com prostitutas, com homens de má reputação, nem de comer com quem quer que seja como fez Jesus; o medo da opinião alheia não nos impede mais de ser luz onde as trevas são mais densas.



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A ética da Graça é o Amor. Sem a Lei de Moisés somos guiados agora pela Lei do Amor. Não guiados pela moral, nos movemos agora pelo Amor ao próximo, que é a melhor forma de amar a Deus (ou a única?).