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Não se enxergar a realidade do nosso próprio interior é uma das coisas que mais abre espaço para a realidade do pecado em nós. É pela “ignorância” consciente, pela indisposição de usar o espelho da Palavra, pela decisão voluntária de ignorar aquilo que tememos perceber (por não termos a coragem de lidar a verdade) é que nos tornamos predispostos ao mal. A tentação de Jesus no deserto nos ensina que para vencer o mal que quer nos dominar é preciso: reconhecer que existe um diabo (um inimigo, uma vontade espiritual que quer nos afastar da vida), que esse diabo tenta a partir das nossas próprias vulnerabilidades (somos tentados de acordo com a nossa cobiça), que esse diabo tenta nos enganar utilizando-se da distorção daquilo que conhecemos sobre Deus (ele quer nos enganar através da nossa “religiosidade”) e que, por fim, sua plataforma é a dúvida acerca de quem somos em Deus (“se és o Filho de Deus…”). Esse diabo é um ente real, para o lado de fora, mas principalmente, também representa muito bem a nossa realidade interna por vezes chamada de carne (como Deus disse a Pedro: “arreda Satanás, pois não cogitas nas coisas de Deus e sim nas do mundo”, ou ainda, quando Jesus diz aos seus discípulos “um de vós é o diabo”).
Quantas pessoas não tem, ao longo da vida, se tornado diabo para a vida do próximo, manipulando, conduzindo ao mal, estimulando o pior de dentro do outro, emulando o mal e produzindo toda sorte de tragédia?! O diabo, como ente espiritual que se personifica (como na tentação de Jesus) eu nunca vi, no máximo expulsei espíritos malignos em nome de Jesus, mas já vi muitos diabos humanos, já percebi muita “diabolia” no meu interior e infelizmente já fui diabo para algumas pessoas diversas vezes! Os fariseus foram repreendidos por Jesus dessa forma: “vocês tornam os homens mil vezes mais filhos do diabo do que vocês são!” Essa é uma das maiores tragédias que Jesus denuncia: se tornar diabo para outros criando discípulos de sua malignidade! É melhor amarrar uma corda no pescoço e se lançar ao mar do que fazer um pequenino tropeçar, foi o que disse Jesus.

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Pela graca vencemos o mundo caido pelo veu da ignorancia e o pecado que nos envolve. Em Deus e no seu amor. Tudo se faz novo e de fato vivo.
Confesso que a mensagem da “Graça gelol” me atraiu bastante quando ouvi: “basta crer e ‘automaticamente’ você viverá a palavra e não cairá em tentações”…
Gostaria muito de não ter mais tentações… rsrs
Mas compreendo, que como o Caio falou, “a devoção dos não tentados é apenas algo semelhante à performance de robôs. O amor que ESCOLHE ser de Deus…”
O que torna nossa devoção real é podermos CONSCIENTEMENTE ESCOLHER ceder às tentações ou dizer não, não só porque “está escrito” que não deve ser feito, mas por amor a Deus e amor ao próximo.