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É impossível servir à Moral e viver pela fé. A fé constantemente nos faz abrir mão da moral. A moral é preconceituosa, ela serve a futriqueiros de plantão, como aquelas senhoras que ficavam na cadeira de área avaliando quem passava na rua e interpretando a movimentação que viam na vizinhança. Quem serve à moral não conversa com prostitutas, não perdoa, não ama inimigos, não leva o caído (desconhecido) para o hospital, não para pra ajudar o motorista cujo carro furou o pneu, não empresta, não aconselha o angustiado às 2h. da manhã. A moral quer tornar as pessoas uniformizadas, quer ditar o politicamente correto, e inúmeras vezes vi líderes religiosos ensinando a moral como se fosse a vontade eterna de Deus! Muito triste.

Pela moral, Deus teria que explicar aos homens o motivo de ser quem Ele é e agir como Ele age, e perdoar como ele perdoa, e salvar como ele salva. E pasmem: muitos acham que Deus deve essas explicações! Há pessoas que estão tão viciadas na moral que a primeira coisa que pretendem fazer na, assim chamada, eternidade é fazer Deus responder o porquê de determinadas decisões que tomou. Isso demonstra que queremos muito que Deus caiba em nossa moral. Criamos regras baseadas na nossa parca visão sobre a vida e queremos que Deus se submeta a elas, que Deus nos obedeça, nos sirva, e em última análise, nos adore. É a total distorção do caminho proposto por Jesus onde o desejo é que “seja feita a tua vontade assim na terra como no céu”.


Com isso, se afirma que a moral não tem valor algum para a vida? De forma nenhuma. A moral cumpre um papel social que demonstra quais são os valores daquela sociedade em questão, ela pode abrir uma reflexão (se não for um dogma e/ou estigmatização), mas diante da fé e da vida com Deus, ela não tem nenhum valor, e portanto, Deus não nos julga a partir dela.

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A nada buscava, andava por aí, a esmo. Um dia topei numa pedra valiosíssima. Silenciei. Fui e comprei aquele campo. Um campo onde o geral não faz nenhum sentido, enquanto portador de vida , subjetividade e vida em abundância. Comprei aquele campo e plantei nele sementes de graça, amor, verdade, compaixão, fé e misericórdia. Adquiri aquele território onde habitava o insólito, o estranho, o enigmático caminho da trilha percorrida pelo homem de dores e que sabe o que é padecer. Lugar onde não entra e nem fecunda a teologia moral e seus embrulhos , seus pacotes e agendas sem vida, sem graça , sem aventura.
Ora, inverter a proposta de Jesus é querer que minha vontade seja feita e não a do soberano e justo Deus, que me permitiu tropeçar naquele tesouro escondido.
Não há como barganhar com aquele que podia barganhar conosco e não o fez. Há que se entender que Ele é não apenas o Deus da individuação, mas, sobretudo, da polis, onde os cidadãos tem que existir com o mínimo de dignidade, por assim dizer.
Por isso, não trocas a fazer. Só se for a troca de um pneu furado, a troca de carinho e de gentileza a que comumente somos apresentados,.como o amor dispensado pelo samaritano.
Bendito tropeção, que me fez ver a luz sem barganhas…
Não há trocas a fazer…
a moral sem amor nao pode ser nada. a moral sem Deus nao pode ser nada. o Senhor esta acima das barganhas da pretecao da moralidade farizaica. Apenas em Amor podemos com justica e paz alcancar algo que esta acima da moral. o viver para a Eternidade com Cristo Jesus.
É tão lindo ver a maneira de Jesus e, ao mesmo tempo, tão triste ver o quão longe estamos desse ideal (basta olhar em volta).
AQUELE que podia julgar (não só moralmente, mas com absoluta certeza do saber quem de fato o outro é), ele que assim podia julgar, escolheu não julgar, mas acolher os rejeitados pela moral, e até mesmo o ladrão (Judas), como esperando que a própria pessoa decidisse para onde se inclinaria, se para o bem ou para o mal.
Ao contrário disso, eu me tornei um expert em julgar os diferentes, os que não cabiam ou não estavam adequados com o “padrão” que me ensinaram.
Segundo a VERDADE, todos nós estamos perdidos e separados de Deus. Não nos tornamos pecadores quando pecamos. Pecamos porque somos pecadores. E pecado é tudo aquilo que Deus chama pecado. Não o que a moral estabelece como certo e errado. Mas sim tudo aquilo que é contrário ao amor ao próximo, à justiça, à misericórdia e à fé.
Nesse ponto ninguém pode se livrar, não importa o quanto moralmente viva. Todos falhamos em algo.
A única forma de sermos aceitos diante de Deus não é por mérito nosso. Nossa moral não vale de nada diante da ética de Deus, exceto para nos dar a sensação de que somos bons o bastante e nos justificar a nós mesmos, além de nos fazer juízes do próximo…