Sem Barganhas com Deus – Caio Fábio – Dia 14

Página 71 a 75

Não é fácil admitir isso, pra algumas pessoas, mas é fato que “conhecer a verdade e viver contra ela” é infinitamente mais danoso do que “não conhecer a verdade e por causa da ignorância viver contra ela”. O último pelo menos tem a chance de ser liberto, já o primeiro possui um nível de anestesiamento da consciência muito mais profundo. Pedro expressa isso da seguinte maneira: “Se, tendo escapado das contaminações do mundo por meio do conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, encontram-se novamente nelas enredados e por elas dominados, estão em pior estado do que no princípio. Teria sido melhor que não tivessem conhecido o caminho da justiça, do que, depois de o terem conhecido, voltarem as costas para o santo mandamento que lhes foi transmitido. Confirma-se neles que é verdadeiro o provérbio: “O cão voltou ao seu vômito” e ainda: “A porca lavada voltou a revolver-se na lama”. 2 Pedro 2:20-22

Daí surge a pergunta: como voltar à essência do conhecimento de Jesus e assim experimentar Sua doce e estrondosa libertação? Só através do amor! O amor faz a gente vencer a ignorância (em qualquer nível que ela esteja) tanto quanto nos traz de volta ao conhecimento que se “desatualizou” em nós pela deliberação da nossa maldade. O amor sem moralismos. O amor não julgador. O amor que vai além das aparências. O amor é o termômetro e a medida de todas as coisas.

Esse amor é fruto da Graça de Deus. É reflexo do Amor iniciador de todas as coisas.

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5 comentários sobre “Sem Barganhas com Deus – Caio Fábio – Dia 14

  1. Um dia experimentei da tal Graça. Do privilégio divino, do favor imerecido. Subi no “tobogã” de Deus e escorreguei até o fundo daquela água doce e vivificadora. Mergulhei profundamente naquela dimensão do azul silencioso e experimentei coisas que pensei não estarem disponíveis aos mortais. Conhecimento , sabedoria, crescimento na dimensão relacional. Sempre na direção do outro, por entender , conforme Mateus 25, que a cara de Deus tem que ser vista nos anônimos, sem dignidade, sem graça e sem identidade; aqueles que comigo percorrem o mesmo caminho e pisam no chão da vida.
    Ora, depois de tudo isso, capitulei, sem, no entanto, perder- me daquele que me buscara e me encontrara nas vias tortuosas do existir.
    Ainda assim, não me senti um des-graçado, um ser vil e alienado por vontade própria, pois me sentia pertencido a algo ou a alguém. Não me lancei à autonomia soberba e arrogante, mas encontrei o anzol da metanoia, a curva do significado maior, o jugo suave e o fardo leve do carpinteiro de Nazaré.
    Doença psicológica, depressão, catatonia em Manaus. Fui assim, revendo e ressignificando o existir. Vi Deus na face de meu pai, seu Genésio, que me visitara no hospital da base aérea. Ele me abraçou, cuidou de mim e me amou até que eu fosse curado, pela força da ternura, pela grandeza do esforço, pela sutileza da naturalidade sobrenatural e da sobrenaturalidade natural. Minhas irmãs ajudaram nesse processo de cura com a música, com o bálsamo terapeutizante do ouvir pra relembrar e do relembrar pra ouvir.
    Naquela noite em que fui liberto numa reunião de oração, depois de três horas, em que comecei a cantar os esquecidos cânticos, chorei de joelhos e vi uma figura resplandecente ao lado de minha cama , na enfermaria do hospital da base aérea de Manaus. Um anjo fora materializado como forma de me fazer perceber o amor e a atenção a mim dispensadas, por tantos que de mim cuidavam e por mim intercediam.
    A cura adentrou meu ser , fazendo com que a vida fosse internalizada. Os sete espíritos malignos que me cercavam e oprimiam , fazendo meu estado pior que o primeiro, foram expulsos com a presença da luz, e o amor passou a ser o sentido de tudo e a decisão de servir a Deus por nada.
    Os que ignoram a Deus e caminham por aí, nos desertos existenciais, nos ermos de uma vida sem significado, ainda sofrem menos que aqueles que, tendo experimentado o poder avassalador da Graça divina, vivem arrotando Deus, mas caminham como se ele não existisse.
    O abismo da indiferença e do cinismo está à nossa frente. Cabe a nós jamais chegar lá…

  2. Essa leitura me fez lembrar o quanto sofri quando fui para a igreja evangélica onde todos me diziam que minha vó ia para o inferno porque não levantou as mãos no altar do senhor porque minha vó já era falecida e viveu sempre com muito pouco e sempre dividia tudo o alívio foi grande quando de fato conheci esse Jesus gracioso

  3. Todos nós somos pecadores e carecemos da glória de Deus!
    Reconhecemos nossa condição de pecador e sabemos que por mais que nos esforçamos, não merecemos a salvação!
    Se todo homem está sobre igual condição, o que pode fazer um líder religioso, uma igreja, punir um pecador excluindo-o?
    Acaso o pecado tem grau ou tamanho?
    Acaso o pecado do irmão é muito maior e imperdoável?
    Quem julga o pecador é o irmão e a igreja?
    Jesus foi Deus aqui na terra, não pecou, teria todo poder e autoridade pra julgar e condenar, não julgou, nem condenou!
    Jesus AMOU e ensinou o AMOR, esse amor é muito maior que qualquer ser imortal que se reveste de santidade humana pra defender doutrinas e moral, criadas por eles ou por uma sociedade.
    Julgar o pecado do irmão é uma verdadeira hipocrisia.
    Mas condenar , excluir, e entregar o irmão pecador a Satanás é condenar a sua própria alma!
    Cabe a Deus tanto o julgar quanto o condenar!

  4. O cão voltou ao seu vômito… Forte, né? Que essa leitura, acompanhada das leituras dos textos bíblicos recomendados pelo Caio, os comentários do Rodrigo aqui no site, e o comentários dos amigos, sejam bálsamo para curar de nós toda e qualquer hipocrisia ou raiz de amargura que nos leve à cegueira da religião que coa um mosquito mas engole um camelo; que é expert em ver o cisco no olho do outro, mas não tem consciência para ver a trave que está em seu próprio olho; que é “ótima” em se achar porteira do céu e órgão competente para separar joio do trigo… E que é ótima em apontar a maldade dos outros, mas não percebe suas próprias maldades “em nome de Deus”. Tendo a acreditar que quem pratica esse tipo de teologia é mais ateu do que muitos que se auto-intitulam “ateus”. Aquele que está de pé olhe para que não caia.

  5. Só o amor nos leva ao caminho que vence a moralidade e o engano. Deus nos livre do pecado da ignorância moral que nos seduz dia dia.

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