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Tanto o “Glosso-ossário” quanto a explicação sobre a “Metodo-logia” dão as premissas que precisamos pra entender o pensamento que será discorrido no decorrer do livro. A diferença feita entre Igreja e “Igreja” já esclarece bastante a compreensão, especialmente pra aqueles que viveram a vida toda defendendo, lutando, pregando e trabalhando duro pela “Igreja”, e acharam que tal sacrifício era aquilo que Deus demandava. A Igreja está muito para além da “Igreja”, mas a “Igreja” só enxerga a si mesma, aliás a “Igreja” elegeu a si mesma como detentora do poder da revelação, do lugar sagrado e da única possibilidade de se chegar a Deus. Se Jesus é o caminho através do qual se chega ao Pai, a “Igreja” é a via através da qual se chega até Jesus, e acredita-se que ninguém vem a Jesus a não ser por ela.
Na Igreja o culto é a vida, na “Igreja” o culto é um ritual preordenado e controlado pelos detentores da revelação de Deus (que se fizeram hierarquia entre os homens). Na Igreja o amor ao próximo é o amor a Deus, já na “Igreja” o amor a Deus significa frequência a reuniões, doação financeira aos ungidos e envolvimento com ministérios eclesiásticos. Na Igreja a simplicidade de dois ou três em torno de Jesus basta, já na “Igreja” é preciso ter banda, prédio, cadeiras, púlpito, show, casa lotada e uma pregação homileticamente perfeita. Na Igreja a conversa é visceral e profunda, já na “Igreja” se está mais preocupado com aparências, comportamentos e status quo perante o mundo. Na Igreja a vontade é de ser útil, suportar, fortalecer, servir, já na “Igreja” frequentemente o maior não é o que mais serve, mas o que “merece” ser servido.

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uma visão visceral, fundamental do que é ser igreja no mundo, do que é ser igreja diante do dilema de Jó e da Graça enigmaticamente surpreendente.
Quem toma susto com a vida sendo culto e com o culto sendo vida, não se surpreende diante de fórmulas prontas e métodologias. Esse suja os pés com vontade…
Pois é… Gostei do destaque que Rodrigo fez aqui: “Se Jesus é o caminho através do qual se chega ao Pai, a “Igreja” é a via através da qual se chega até Jesus, e acredita-se que ninguém vem a Jesus a não ser por ela.”.
Uma vez ouvi alguém brincando dizer que a “igreja” prega Jesus como a porta. Mas a “igreja” se coloca como o porteiro. Exatamente como o Rodrigo destacou acima.
Gostei também da definição de “cristão”, historicamente. Alguém que vive constantemente no limbo, entre Lei e Graça. Antes fosse frio ou quente. Ou seja, antes fosse totalmente Lei para ser arrebentado por ela e, enfim, recorrer à Graça. Ficam numa quase graça…
Que aprendamos a ser entregues totalmente à Graça, que não produz libertinagem (com muitos na “igreja” acreditam que pode acontecer), mas sim Paz e uma vida SEM CULPA, que produz firmeza e segurança na luta diária do negar a si mesmo e tomar a sua cruz.
Todos nós pecamos e pecamos mesmo. Carecemos da Glória de Deus mesmo. Mas essa descoberta não pode nos levar no caminho da auto-justificação pra acessar o divino, pois a graça é favor imerecido mesmo! nem mesmo o “justo” Jó tem mérito algum na sua justiça.
Nem Gandi, nem Abraão, Moisés, Maria ou Madre Teresa… ou quem você quiser… seja ele ou ela, a pessoa mais santa e justa que já existiu.
Lendo , vejo o quanto sou pequenina e o quanto tenho que aprender ,
E que carecemos da graça de Deus.
Estou grata por abrir meus olhos ,
Amo essa simplicidade da Igreja onde dois ou três se reúnem no evangelho e em nome de Jesus.
Precioso também me saber discípula de Jesus, onde me mantenho apenas pela graça de Deus, que me confere liberdade de ser quem sou, mesmo que eu suja os meus pés.
Hum interessante
A igreja que vem até nós como Cristo 🙏 instituiu há 2000 mil anos ela vive nos dias de hoje mesmo que junto dela encontremos os devaneios e encargos de uma vida pregressa dos maus obreiros.