Página 20 a 23
O violinista do metrô
Essa crônica me fez pensar sobre os condicionamentos mentais que a cultura da “valorização coletiva da arte” pode causar em cada um de nós. Valorizamos o que dizem que é valioso. Sem perceber, desaprendemos a reconhecer a beleza por nós mesmos, precisamos alguém valide, argumente, convença e estabeleça o status quo pra que identifiquemos o que é digno de valorização. A beleza frequentemente está presente no nosso cotidiano, mas apenas ocasionalmente a detectamos. Pense em quantas flores fazem parte do seu caminho até o trabalho, quantas recebem alguns segundos de sua atenção e apreciação? Pense no canto dos pássaros tão presentes na trilha sonora do nosso cotidiano, quantos segundos ouvimos com atenção essa linda sinfonia? A arte da graça de Deus está por toda parte, só precisamos perceber pra desfrutar de todos os seus benefícios!

A separação como um ato de amor
Essa crônica sobre separação como um ato de amor é no mínimo instigante, pois mexe com a maioria das fundamentações dos nossos pensamentos. Em geral, pensamos que devemos brigar muito pra então pensarmos em separação; é como se o divórcio fosse um recurso a ser usado depois de muita briga, disputa, desrespeito, traição e violência contra o outro (e quem sabe qual seria esse limite?). Já aconselhei dezenas de pessoas que jamais se divorciaram, mesmo diante de violência doméstica, sonhando com o milagre da restauração do seu casamento. E mesmo quando divorciados, um alimenta sobre o outro a expectativa que a relação retorne ainda que para isso precisasse sofrer as “penalidades” desse amor. Nesse caso, o divórcio seria a admissão de que um inferno se estabeleceu na relação (resultando em inúmeras experiências traumáticas, desastrosas, concretizando feridas relacionais que os marcarão para sempre, inclusive influenciarão relações futuras) e que, portanto, divorciar-se é o estabelecimento da separação pra sempre da existência do outro. A cronista expressa um pensamento oposto a esse: percebeu que o desrespeito bateu à porta e que os próximos passos serão danosos para ambos? Separe-se! Isso é o que ela chama de separação como um ato de amor. Diante dessas afirmações algumas questões surgiram no meu coração: quem consegue medir exatamente (com lucidez imparcial) qual é o momento de parar de lutar pela relação? E por outro lado, como determinar como saber quando a luta por presenvar o casamento na verdade se transformou em um ato de ante amor contra si e contra o outro? É desumano dar oportunidade ao outro de mostrar o seu pior monstro (colocando nossa vida em risco), ao passo que é falta de amor desistir rapidamente de uma relação porque o outro não atendeu nossas expectativas! Como equilibrar isso? Há uma resposta padrão pra isso? Definitivamente não! Assim como a motivação da união entre as pessoas pode ser complexa (como complexa é a vida), a razão através da qual uma pessoa permanece ou não com a outra é igualmente complexa. Às vezes, permanecer casado pode ser a salvação de ambos, outras vezes a separação dos envolvidos pode ser um verdadeiro (ainda que triste, por causa das circunstâncias) ato de amor.
E aí? O que achou da leitura dessas páginas desse livro? Deixe seu comentário com suas percepções logo abaixo!
Temos que valorizar quem amamos quando estamos próximos 💞 pode ser que um dia se vá. A verdade de cada um fala a nossa alma e alma sem uma conexão outro centrada nada pode ser. Antes de conhecer o outro saiba sobre si.
Estaríamos nós sempre sensíveis ao belo? A mente carregada de preocupações por vezes cria uma nuvem espessa, que impede a chegada da luz no coração, o toque do divino em nós. O que me conforta é que, independente da nossa situação de vida, a eternidade sempre estará manifestando seus anzóis pelo mundo, a fim de pescar a nós humanos para um lugar de experimentação da eterna beleza.
“Só é possível valorizar aquilo que foi estudado e percebido em sua grandeza”. Mesmo num museu, se eu não entender do valor histórico daquele elemento ou parar com calma pra analisar o trabalho que foi parar concluir aquela obra, eu tenho dificuldades de ver valor naquilo.
Em relação à musica no metrô, eu não passaria despercebido… rsrs Com certeza seria um dos que parariam para ouvir.
Mas isso é interessante em relação à tudo na vida. Precisamos observar mais os detalhes e as coisas simples ao nosso redor, pra não acontecer conosco o que diz o ditado popular: “a gente só dá valor quando perde”.