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Chegamos em um ponto onde a vida é observada em sua mais pura crueza, se é que podemos assim chamar. Ideias relacionadas a sistemas de recompensas vão por água baixo na medida em que observamos o “bondoso” tendo vida curta e o “maldoso” vida longa; o insensato gozando de riquezas e o sábio buscando o básico que é o seu pão diário. Não há absolutos quando o assunto é detectar antecipadamente o resultado a partir de um modo específico de viver; nesse sentido não há lógica justa regendo o universo.

O livro de Eclesiastes coloca nossos pés fincados no chão da realidade, sem idealismos, sem romantização da existência. Viver é difícil, é penoso, não há garantias, não há blindagens absolutas, até mesmo a justiça se esconde quando ela mais deveria aparecer.
Salomão observou ainda outras contradições humanas. Viu que a vida é bobagem por causa da ironia da morte prematura do justo, ao passo que se observa tantas vezes a longevidade do perverso.
Até o trabalho se demonstra inútil e desprovido de sentido quando analisado sem idealizações. A gente come pra trabalhar e trabalha pra comer. A gente sacia uma necessidade que estará presente pouco tempo depois. Ficamos dando paliativos a nossas próprias dores todos os dias da nossa vida. Vale reiterar: A vida por si mesma carece de um sentido maior! A vida por si mesma é bobagem, vaidade de vaidades!
E aí? O que achou da leitura dessas páginas desse livro? Deixe seu comentário com suas percepções logo abaixo!
Nessa leitura eu vi que Salomão enxerga somente os feitos neste espaço tempo, se aborrece com os resultados que pessoas com vida desregradas recebem , e que outras aparentemente boas são injustiçadas ou recebem da mesma justiça.
Vejo ainda que a inveja escravisa o homem, porque leva o homem na direção da vida do outro esquecendo de si mesmo e desta forma perdendo os prazeres da própria vida.
Salomão resalta como que um alerta o fato de trabalhar ,juntar, e deixar para outro que talves vc nem tenha apreço desfrutar.
Mais uma vez o homem em busca do sentido para vida no lugar errado.
Viver para comer e comer para viver. Trabalhar para comer e comer ostra trabalhar. Realmente a vida precisa ser mais do que isso… Tem que ter algo mais.
Outra observação importante sobre a leitura de hoje, é que a maldade, a injustiça e a opressão dos poderosos é tão antiga quanto a vida. Se só de Jesus até hoje são 2000 anos, e Salomão viveu muitos anos de anos antes de Jesus, e na época de Salomão já era assim, parece que isso nunca vai ter fim. Sempre existirá maldades, opressões e injustiças no lugar do direito e justo.
Pelo menos até que Ele, o Rei da Glória, retorne para reinar com justiça. Pelo menos essa é a minha esperança.
Interessante que desde os tempos antigos, quando não havia essa loucura da vida atual, Salomão já descrevia que a vida, pela ótica da materialidade, é a mais pura vaidade e sem sentido, nos fazendo enxergar que não devemos viver somente pelo lado material, mas sim vivermos pela fé.
Todos somos entregues a um universo frio, mudo e assustador. Aí se detecta, se percebe o sol sobre maus e bons, a chuva sobre justos e injustos também. Diante do contexto do pensador, a justiça se esconde e se manifesta ao bom e ao perverso, ao sábio e ao louco, fazendo com que haja uma autofagia , um devorar a si mesmo, numa ansiosa busca por algo que por Deus fora posto no coração do homem: a eternidade. Quem salta por sobre o vazio do existir e sua enorme vaidade, em cada dimensão da vida, acaba percebendo que , sem a perspectiva maior , o existir humano não passa de enorme bobagem, um abismo escuro, um salto na mais completa vacuidade ..
Passamos muito tempo da vida dando importância para coisas, correndo como loucos, buscando encher os celeiros, o capitalismo entra em nossa veia, fazendo- nos acreditar que ter bens, sucesso é garantia de felicidade.
Não valorizamos pessoas, família, momentos…
Tudo é vaidade!
“Há mais misterios entre o céu e a terra do que se pode expllicar a vã filosofia(sabedoria)” já dizia o velho ditado.
O impressionente que nos achamos tão evoluidos tecnológicamente e não deixamos de ser como nossos ancestrais.
Corrupção, injustiça, desigualdade, ganancia, o corrompimento pelo poder e etc.
Corremos atras do vento na loucura do engano de pensarmos que vamos chegar a plenitude.
Cotidiano musica de Chico Buarque: “Todo dia ela faz tudo sempre igual…” e quem é ela:A vida.
O sábio viu-se diante das contradições da vida,deparou-se com o que chamaria de “choque de realidade”, A vida como ela é, as contradições dessa vida, a ilusão do viver para o trabalho, a opressão exercida por quem está no poder, a morte prematura de pessoas boas, a maldade prevalecer sobre a justiça.Além disso, descobriu
que a sabedoria humana nao é capaz de compreender a complexidade da vida, o sentido da existência na sua totalidade.Ou seja, o sábio nos ensina a partir desse “choque de realidade” , se enxergar a vida como ela é, e, reconhecer, da nossa impotência em compreender sua complexidade e mistérios inalcansáveis pela sabedoria humana.
A vaidade corrompe e nos deixa com um vel nos olhos. O vel da ignorância de que precisamos de coisas e de buscar o sucesso acima de todas as coisas. Quando na real apenas o estar satisfeito e grato em Deus já é o suficiente. Um filme que pode completar esse livro e o filme sobre a vida do apóstolo Paulo. Ele sim depois da sua conversão em damasco teve esse vel tirado dos olhos e ele viu Cristo Jesus e o que é de fato viver.