Controle da Vida

Se olharmos pra vida, perceberemos que há diversas coisas que não podemos controlar: A família que temos, as predisposições genéticas que herdamos, os aspectos físicos essenciais, a condição econômica e social que predominou em nossa educação (especialmente nos primeiros anos de vida), dentre outras coisas mais.

Somos jogados à existência, de certa forma, obrigados a nos adaptar às circunstâncias que não escolhemos e o amadurecimento no processo, passa a depender daquilo que controlamos: nossa vontade, escolhas e a construção do olhar.

Para aqueles que, embora tenham uma cultura religiosa, não possuem uma experiência de fé que de fato confia e descansa na graça e no amor divinos, para estes, a vida é um tanto que aleatória, podendo ganhar contornos de “roleta russa”, onde tudo pode acontecer, pois tudo é casual. Para outros que, fanatizados e obstinados pela ideia de um deus controlador e destinador de tudo e de todos, acreditam que tudo está predeterminado e atuamos na vida apenas como atores de um roteiro construído por alguém que não respeita a individualidade e o caminho humano, e por isso, estamos fatalmente presos às cordas do nosso destino.

Para mim, a beleza da vida está no fato de que ela não é nem completamente aleatória, tampouco totalmente determinada! Existir significa lidar com realidades absolutas e relativas, controláveis e incontroláveis, como que numa dança dinâmica, artística e cheia de nuances não-rotuláveis e não-definíveis pelas lógicas humanas.

É como um Deus-homem que diz que os homens podem se tornar homens-deus. É como um ser todo poderoso que escolhe nascer na pobreza e a viver como se nada tivesse. É como um ser poderoso que por amor decide não usar o seu poder. É como o paradoxo da incorruptibilidade e eternidade que, processualmente, vai transformando aquilo que é corruptível e mortal. É como a não explicável relação de um divino dividido em três que continua sendo um essencialmente e eternamente, e que como se não bastasse, inclui humanos e mortais nessa mesma relação.

A vida que pode ser definida completamente, não é vida. O deus que pode ser quantificado e classificado não é realmente Deus. A eternidade que pode ser explicada não é verdadeiramente eternidade. A celestialidade que pode ser descrita não é celestialidade. A espiritualidade que pode ser manipulada e aprisionada pelos interesses alheios não é a verdadeira espiritualidade (que liberta e que traz vida).

Por isso, finalmente, o que nos resta, é abrir mão de tentar controlar aquilo que não podemos controlar e aprendermos a lidar com essas coisas da melhor forma possível. E é nossa responsabilidade, e de ninguém mais, fazermos as melhores escolhas possíveis na vida, pois fazem parte daquilo que podemos verdadeiramente mudar.

Não podemos controlar certos desastres, traumas e calamidades, mas podemos controlar como iremos enfrentá-los e com que espírito lidaremos com suas consequências.

Podemos mudar a forma de enxergar a vida, os problemas, as pessoas e as situações. Podemos mudar como o mal é interpretado por nós. Podemos mudar nossa maneira de atuar no mundo e o tipo de influência que exercemos ao nosso redor. Podemos mudar, inclusive, o que deixamos influenciar nossas atitudes, ou seja, quem autorizamos que nos molde na existência (a fim de nos tornarmos melhores). Podemos escolher nossa referência, nosso alvo e, portanto, o caminho que trilharemos.

O que você gostaria de controlar, ou mesmo, mudar hoje em sua vida? Coloque nos comentários desse post. Vamos conversar.

Rodrigo Campos
Um Caminhante Aprendiz

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