A forma padrão deste mundo é bem conhecida: dar vazão à sede de vingança todas as vezes em que somos maltratados, alimentar a ganância ainda que ela ultrapasse princípios e valores essenciais à vida, se relacionar com outras pessoas por pura conveniência a partir do que podem nos oferecer, fugir do complexo, pegar atalhos, se viciar nas facilidades que produzem superficialidades e futilidades. Essa é a direção deste mundo, desde sempre.

Não se conformar com os padrões deste mundo significa não se permitir seguir o fluxo coletivo nos caminhos que parecem bons, mas que no final são caminhos de morte. O formato de nosso caráter precisa ser diferente a tudo isso ou estaremos perdidos. Fomos chamados à vida e não à morte, ao bem e não ao mal, à liberdade e não à escravidão, à justiça e não à injustiça, à paz e não à guerra.

Jesus se ofereceu como a forma desejável, a única vida digna se ser chamada de vida, a medida e o padrão de sanidade e santidade a ser alcançado. Jesus é o horizonte, a bússola, a pedra fundamental que delimita a horizontalidade e verticalidade da nossa construção interior. Ele é a chave, o filtro, a base, o caminho, a luz e a verdade. Tomar a forma de Jesus produz graça, verdade e vida em nós. Tomar a forma deste mundo produz egoísmo, auto-justificação, além de ciclos de angústia e morte.

Essa é a nossa predestinação: que sejamos conforme (com a forma) Jesus a fim de que ele seja o primeiro de muitos irmãos. Esse pré-destino é ao que fomos chamado, mas esse destino é sempre um chamado, um convite, o caminho apontado por Deus, nunca uma determinação que atropela a sua e a minha decisão. Que destino vamos escolher? Que forma vamos tomar?

Rodrigo Campos
Um Caminhante Aprendiz

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