Um dos meus defeitos é esse: eu nunca paro! Há uma eletricidade dentro de mim que geralmente me puxa para o ativismo, assumindo muitas responsabilidades e projetos que me fariam até bem, se eu já não tivesse tantas coisas para fazer. Essas férias foram uma oportunidade de dizer: calma, vou parar um pouco, refazer os pensamentos, desopilar, respirar, reorientar os rumos da caminhada, e isso me fez muito bem. Mas, é hora de voltar.

Na busca de ser um caminhante que sempre aprende, quero aprender com as pausas, com o silêncio, com o ócio, com o aparente nada, sem pressa, sem sofreguidão, sem cobrança interna. Experimentar a vida, sentir o momento, discernir o espírito da era e me treinar para desfrutar do melhor da vida.

Como diz o poeta Marcos Almeida: “Toda dor é por enquanto”. Se a dor vier, vou aprender com sua transitividade. Sua visita será notada, sentida e cooperará para algum bem no meu interior até que possa dizer “tchau”, ou mesmo, “até logo”.

Se a alegria dar as caras, quero viver como o irmão Paulo que disse: “Posso todas as coisas Naquele que me fortalece, pois aprendi a ter muito e aprendi a passar necessidades”. Implorarei à minha própria alma que se alegre sempre no Senhor, pois Ele é a minha salvação e a minha esperança.

É hora de engatar a primeira marcha, tirar o carro do tão importante, mas temporário estacionamento, e colocar a vida na estrada. O que os próximos quilômetros nos aguardam? Bora viver!

Rodrigo Campos
Um Caminhante Aprendiz

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