Sempre que penso em vocação, eu penso num sentido que sempre me habitou, mas que precisou ser descoberto (conhecido), aprimorado (entendendo contextos e maneiras) e praticado (realizando com amor e esmero). A vocação não é exercida automaticamente, a priori, pois há muitos que deixaram sua vocação de lado para seguir caminhos facilitados, para atender demandas urgentes e/ou por causa da busca de maior rentabilidade social (seja financeira ou em relação ao status quo). Mas, sempre cri que a verdadeira felicidade está atrelada ao exercício da nossa vocação, pois é o tipo de trabalho que não vemos o tempo passar, cujas dificuldades enfrentamos com boa disposição e que possuem em si o sentimento de se estar em “casa”; e isso faz todo sentido. Filosofar/refletir sobre os assuntos da vida é uma das minhas vocações, musicalizar as reflexões é outra, cuidar de pessoas ouvindo-as e interferindo amorosamente é outra, ensinar aprendendo e aprender ensinando é outra coisa que me traz essa convicção de vocação, ser pai e marido também me dão essa incrível sensação de vocação e eternidade.

Oração do Dia: “Que eu não seja negligente com essa verdade da minha constituição chamada vocação, ainda que por vezes tal exercício seja complexo, sofrível, cheio de desafios de toda sorte. Que tenha sabedoria para a exercer de forma equilibrada e que como fruto disso, o mundo ao meu redor (a realidade que recebe a minha contribuição) faça mais sentido para aqueles que o frequentam”.

Rodrigo Campos
Um Caminhante Aprendiz

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