Vamos falar de liberdade?

Liberdade é um tema recorrente a todo ser humano que se sente preso por alguma coisa, por alguém, por um sentimento ou por uma condição de sub-existência. Também sou daqueles que acreditam que liberdade em nosso mundo é sempre relativa, condicionada de alguma forma e de potencial temporário, o que logo explicarei.

Você pode se libertar do vício do cigarro, mas tal libertação não o impede de, num momento de crise, de caos, voltar a reintegrá-lo em seu ser. Você pode se libertar de uma corrente psicológica de dependência emocional de uma pessoa com a qual você teve uma bonita história de amor, mas isso não o impede de se prender a outro, de outro contexto, por outros fatores. Você pode se libertar de determinadas amarras financeiras, gastos desnecessários que geraram uma dívida que por consequência, o levaram a fazer um empréstimo que te sugou por 36 meses. Mas, mesmo se libertando dessa dívida, isso não o impede de contrair novas dívidas no futuro.

Na experiência da espiritualidade acontece da mesma coisa. Foi para a liberdade que Cristo nos libertou, portanto, precisamos permanecer firmes e não nos deixar submeter novamente a um jugo de escravidão, nos ensina Paulo, na carta aos Gálatas.

Pobre do homem ou da mulher que acredita, que sua conversão a Cristo o blinda de todo tipo de escravidão. Triste é aquele que acreditou na falácia de que nada mais o acorrenta, por ter decidido caminhar seguindo os passos de Jesus. Nós seres humanos somos “expert” em sair de uma gaiola e entrarmos em outra. Isso porque a liberdade é desafiadora, exige de nós maturidade para nos movimentarmos com sabedoria, equilíbrio e sobriedade. E quanto as gaiolas? Elas são limitadoras, mas extremamente confortáveis para quem não quer ter o trabalho de assumir o próprio risco de viver.

Por isso, todos os dias é preciso renovar o pensamento, fazer auto-crítica, avaliações de si mesmo, discernindo o engano travestido de verdade em nós, limpando nossa mente de todo sofisma que cremos por conveniência, por medo de encarar a realidade tal como ela é, por mais difícil que ela seja. A responsabilidade dessa manutenção da coerência em nós com a verdade é absolutamente nossa. Nossos amigos podem nos ajudar no processo, pessoas que têm acesso à nossa intimidade podem, aqui e ali, serem suportes nessa tarefa, mas sempre parte de nós. Sem a nossa vontade, nosso interior fica como uma obra em construção interditada pela justiça (juntando mato, entulho, numa situação deplorável).

Rodrigo Campos
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2 comentários sobre “Vamos falar de liberdade?

  1. Eu me sinto a cada dia melhor como ser humano e como obra prima de Deus, desde a 1ª vez que me deparei com esse blog, abrir a caixa de entrada do meu e-mail, e ver que tem novas postagens daqui, se tornou um fascínio todas as manhãs. Leio sempre com muita expectativa e sempre sou surpreendida.

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