10 Coisas que Aprendi sobre Discussões Políticas em Época de Eleição

1) Extremistas políticos nunca se admitem como tais, pelo contrário, sempre se acham os “salvadores da pátria”.

2) Existem diversas empresas de mídia se beneficiando com as ideologias políticas e seus fanatizados: elas abastecem as redes sociais com notícias enviesadas, para agradar determinados nichos, e estes, por sua vez, não cessam de clicar, curtir e compartilhar conteúdos dessas mídias com a falsa sensação de que estão espalhando a verdade nas redes. Detalhe: não percebem o quanto são manipulados e rendendo muito dinheiro a essas empresas.

3) Religiosos fanaticamente partidários sempre tentam moldar Jesus às suas próprias ideologias. Ora Jesus é pregado como sendo de direita, ora Jesus é pregado como sendo de esquerda. Ambos, são o “Jesus” conforme a nossa imagem e nossa semelhança, nada tem a ver com o “Verbo Encarnado”!

4) Eleições são tratadas, por grande parte da população brasileira, como um clássico de futebol. Torcidas apaixonadas defendem seu time do coração com fanatismo e agressividade. Dispostos a morrer para defender o alvo de sua paixão!

5) Discutir ideias ainda é a melhor via possível em tempos de eleição. Quais as perspectivas possíveis sobre tais ideias? Quais os estudos feitos na direção daquele tema específico? O que se vê na realidade? Quais as possibilidades viáveis em relação ao tratamento dessa questão? Fora do caminho do diálogo equilibrado, empático e livre de paixões, o que sobra são só os gritos ditatoriais.

6) Não existe um partido/político/ideologia sequer que seja 100% diabólico (a) ou 100% santo (a).

7) Não dou espaço no meu coração para quem só quer gritar o nome de seu candidato e tentar me fazer engolir a seco suas ideias.

8) Democracia implica em aceitar a decisão da maioria, mas não implica em ‘não discordar’ e ‘não se opôr no nível das ideias’ a tal decisão.

9) A falta de educação inviabiliza discussões políticas de qualidade.

10) Hoje em dia, nem mesmo vídeos com declarações desrespeitosamente explícitas dos candidatos são dignas de confiança (para quem os quer defender). Basta dizer: “ele (a) estava brincando”, ou mesmo, “isso é fake news”, ou ainda “isso é coisa do passado”, e tudo o que foi dito terá sido instantaneamente desfeito, como que num passe de mágica. Nós estamos aprimorando a técnica de defender o indefensável.

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Rodrigo Campos
Um Caminhante Aprendiz

 

 

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