Uma das principais atualizações de consciência que Jesus nos ofereceu (em relação a teologia judaica) foi a de trazer e mostrar Deus (o Pai) para a relação com os homens. Não é mais a ideia única do “Iaveh” todo poderoso, distante, que no máximo se comunica com um líder, um profeta, um representante, mas em Jesus vemos o “Emanuel” (Deus conosco), aquele que está perto, de quem quer que o adore em espírito e em verdade, alguém que prova das nossas dores, que come e bebe com a gente, que celebra as nossas vitórias e chora as nossas derrotas, e às vezes opera milagres sobre as situações limitantes.

Deus transcende o espaço e o tempo, porque está para além de sua criação, mas ao mesmo tempo é imanente, presente, agindo na história, de milhares de formas.

Por isso,

… crer em Jesus é também crer na ação de Deus no futuro;
… crer em Jesus é também crer na ação de Deus no presente, no agora…
… crer em Jesus é também crer na relação possível do homem com o Pai…
… crer em Jesus é também crer na vitória da vida sobre a morte (a ressurreição)…
… crer em Jesus é também crer na transformação do homem sobre a história (já que ele é sal da terra e luz do mundo)…
… crer em Jesus é também crer no amor sacrificial, visto que quem o segue, o faz até a cruz por amor aos outros…
… crer em Jesus é também crer na possibilidade de realizar o que ele disse que seríamos capazes de realizar…

Eu, particularmente, não consigo conceber um tipo de fé em Jesus que não desemboca na internalização da mensagem que Jesus veio transmitir, me parece que conversão é justamente isso, a saber, um mergulho na natureza (no espírito) de quem Jesus é e naquilo que Ele ensinou.

Rodrigo Campos
Um Caminhante Aprendiz