A prática comunitária #1 – Introdução

Muitos dos que estão buscando uma realidade comunitária mais parecida com aquilo que Jesus ensinou, acabam lidando com algumas possibilidades de decisão:

1) Procurar um grupo já iniciado e que possua as características que julgam ser essenciais para a fé;

2) Permanecer na comunidade em que estão, tentando transformar as realidades ali vigentes;

3) Iniciar um grupo independente, através de estruturas mais leves, informais e com menos custo financeiro;

4) Iniciar um grupo independente, se utilizando do mesmo tipo de estrutura, reuniões e liturgias, tentando mudar apenas aquilo que se enxergou como danoso à fé e ao convívio;

5) Viver a experiência da fé sem o vínculo com um grupo específico, porém se encontrando com pessoas esporadicamente em diversos contextos e situações.

Eu não citei, propositalmente, a possibilidade de não se encontrar com irmãos da fé, justamente porque entendo que um seguidor de Jesus sabe que a vontade de Deus é que os irmãos vivam em união.

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Qualquer que seja a sua decisão, disposição e discernimento em relação a que caminho tomar, algo não pode faltar em você: “tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus”. Hebreus 12:2

“Se reunir em torno de Jesus implica em chamar de adoração o que Jesus chamava de adoração, chamar de missão aquilo que Jesus disse “vá e faça o mesmo”, chamar de paz aquilo que Jesus chamou de “a minha paz vos dou”, chamar de templo aquilo que Jesus chamou de templo, admitir que a fé está presente no mesmo tipo de pessoa em que Jesus encontrou fé, chamar de Reino de Deus aquilo que Jesus chamou de Reino de Deus, chamar de igreja aquilo que Jesus chamou de “minha igreja”, chamar de maior objetivo aquilo que Jesus chamou de “um novo mandamento vos dou: amem uns aos outros como eu vos amei”. Sem essa consciência, estamos nos reunindo em torno de outro alguém, menos em torno de Jesus”.

Essa série de reflexões que escolhi chamar de “A prática comunitária” é justamente uma tentativa de abordar temas relevantes à vida comunitária como frequência, ofertas, liturgia, denominação, dentre outros.

Desde já faço questão de me relativizar, ou seja, de reiterar o fato de que não sou absoluto, preciso de sua contribuição, de suas experiências, de suas ideias, de suas sugestões, tanto para os temas, quanto para correções de conteúdo, acréscimos etc. O meu desejo é que essa série, embora tenha um conteúdo central oferecido por mim, mas tenha nos comentários o seu ambiente de debate, ampliação e melhoramento da percepção.

Espero com isso, ser útil para toda e qualquer pessoa que esteja no caminho de Jesus, independente da escolha que fez dentre aquelas citadas acima.

Alguns materiais úteis:

  • Documentário Happy mostra o quanto viver em comunidade afeta a nossa realidade de felicidade – Assista
  • Material detalhado a respeito de reuniões do evangelho do Caio Fábio – Acessar
  • O fenômeno dos “Cansados” de Instituição Religiosa por Wayne Jacobsen – Ler
  • Podcast Irmãos.com sobre Desigrejados com Ariovaldo Ramos e Ricardo Bitum – Ouça abaixo.

DISCIPLINA ESPIRITUAL DO ENCONTRO

Na minha Caminhada de Fé, a Disciplina Espiritual do Encontro, sempre teve muito significado, por isto, nunca abri mão.

Hoje, exercito a Disciplina Espiritual do Encontro em vários momentos, lugares, horários, dias e com todos que se identificam comigo e com o que creio e pratico, isto é, o Evangelho.

Também digo que, na minha Jornada de Fé, uma coisa sei, já fui longe demais na liberdade que a mim foi dada de modo que, não dá pra voltar mais.

No exercício da liberdade adquirida, conquistada na Cruz pelo Cristo, o Filho de Deus, só há uma possibilidade, ir adiante e indo, sinalizar o Reino por onde passar.

Voltar atrás, jamais.

A única concessão pra voltar é pra acolher quem se feriu e precisa ser carregado em macas e isto faço diariamente.

No que diz respeito a sistemas, esquemas, modelos, visões, estruturas e qualquer outra “coisa”, digo, tudo ficou pra trás.

Agora é só pra frente expandindo a vida, pois, a vida quanto mais se expande mais expandida ela fica e esta é a Vida Abundante prometida por Jesus de Nazaré.

Bora pra esta vida!!!

Carlos Bregantim

Você poderia deixar nos comentários quais temas você acredita ser mais relevantes a serem tratados nessa série? Eu lerei e levarei em consideração tudo o que você sugerir!

Rodrigo Campos
Um Caminhante Aprendiz
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18 comentários sobre “A prática comunitária #1 – Introdução

  1. Creio que quando buscamos com sinceridade no coração, e com amor, Deus nos mostra o caminho pra encontrar com outros, que como nós, entenderam a mensagem do Evangelho, e nos sentimos compelidos a congregar, não por obrigação para cumprimento de liturgias, mais para nos incentivarmos ao amor e as boas obras!!!!
    Graça e paz amado irmão em Cristo!!!!!

  2. Mano ainda tenho dúvidas sobre nós reunir, casa vês mas intendo que isso seria como a questão (5) não precisamos de reuniãos de modo contínuo e programado por um tipo de líder ou um mano que se destaca. Mas sim que isso ocorre de forma muito natural em qualquer momento ou em todo momento que vivamos uma vida em Cristo baseado em Cristo que não programava nada tudo acontecia a cada momento sem planos e sem presunção acho eu que nossa vida deve ser a reunião ou culto.

    1. Eu particularmente não excluo nenhuma das possibilidades. Visto que o encontro em si é a definição de congregar, o jeito, o modo, o modelo, sendo de fato em amor e em torno de Jesus é e sempre será um encontro-igreja. Mas tenho reconhecido que há encontros que são adoecedores, prejudiciais e perniciosos, enquanto que há encontros curadores, promotores do bem, encontros que nos enriquecem na jornada!

  3. Quando entendemos que a igreja orgânica e viva , tem movimento fica fácil de entender o propósito de Cristo .

  4. Eu particularmente não consigo reunir outra vez numa instituição religiosa porque na verdade você pode até sair desse sistema mas ele não sai de você, e agora sendo livre prefiro viver pela fé em Cristo um dia de cada vez..e tendo você Rodrigo é o Caio como mentor espiritual…

    1. Me sinto privilegiado por ter sido escolhido por você para andarmos juntos na caminhada. Suas decepções e angústias em relação as instituições religiosas precisam ser elaboradas, trabalhadas e equilibradas na medida em que você não generaliza, não se fanatiza na direção contrária e não perde a percepção de que o problema está sempre em se fazer aquilo que não procede da reflexão, da busca por coerência e da vontade de se avaliar os posicionamentos no caminho. Acredito que essa série te ajudará de alguma forma a entender melhor tudo isso. Abraço Adriane, obrigado pelo depoimento.

  5. A igreja (instituições) vive uma realidade muito distante do encontro comunitário espontâneo, assim como vive uma fé rasa que deforma nossos irmãos, Rodrigo Campos tem sido incansável em nos ajudar, quem acompanha o blog sabe o quanto este ambiente enriquece nossa fé. Que de fato e de verdade nosso modelo seja Jesus.

    1. Por causa de suas experiências ruins nas instituições você escolheu um caminho diferente disso, eu entendo! Vou guardar essas palavras “fé rasa” “enriquecimento da fé” “encontro comunitário espontâneo”… acho que nossas reflexões precisam contemplar essas características! Obrigado pelo depoimento.

  6. Achei oportuno as suas orientações a cerca disto, visto que muitas pessoas estão perdidos por conta de estarem machucadas. Que nossas uniões sejam leves e feitas em amor.

    Deus te guie Rodrigo.

    Moisés.

  7. Olá…o equilíbrio é deveras importante depois de termos nos decepcionado com o espaço geográfico chamado “igreja”.O importante é olharmos para o Alvo,e termos irmãos como você Rodrigo,que nos dá suporte através do Caminhante aprendiz.

    1. Amém… que bom que você se sente de alguma forma “suportada” pelo blog. O mais importante é mantermos nossos olhos no autor e consumador da fé; estamos juntos, conte comigo Cris. Bjss

  8. A minha experiência dentro do sistema perverso religioso foi horrível, eu confiava nas pessoas, achava que todos eram santos, me abria com meus problemas e eles me manipularam, me deixaram doente. Eu pedia a Deus pra me mostrar a igreja certa, porque eu não sabia que não existia igreja certa, que na verdade a igreja somos nós. Depois que conheci Caio Fabio fui liberta do sistema religioso. Hoje sou feliz com meu Jesus!!!

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