Pensamentos Aleatórios #24

Confessemos sem medo: a maioria de nós lida com a vida na fé como quem lida com “mais um departamento da vida dentre os tantos que existem”, tentamos nos manter sempre na neutralidade, ficamos em cima do muro, nos acovardamos, afim de agradar “gregos e troianos”, pra não encararmos a radicalidade que o que Jesus ensinou demanda de nós e que implica em “deixar pai e mãe… ser odiado… negar-se a si mesmo… tomar a cruz… etc”.

Eu nunca achei que, porque tento responder as perguntas que algumas pessoas me fazem, eu seja referência nesse ou naquele assunto. Nem acho que minhas opiniões são as melhores que existem. Mas uma coisa aprendi: os poucos pães e peixes (os fragmentos de percepção) que tenho nas mãos, se colocados nas mãos de Jesus, podem alimentar multidões. Então o que eu tenho eu dou, com simplicidade, com gratidão e confiança no poder de Deus!

Me decepcionei com pessoas durante minha jornada? Sim, com várias. Senti as dores dessas feridas na alma por um tempo? Sim, às vezes pareciam insuportáveis! Mas, também já agi de forma decepcionante, já magoei algumas pessoas, já tomei decisões irresponsáveis e precisei do perdão de alguns. Não resta no meu coração amargura alguma, só cicatrizes. As cicatrizes contam histórias, a amargura azeda o coração. As cicatrizes são apenas os registros daquilo que passou, que não precisam mais de tratamento, pois já estão curadas. Se as feridas que há em você ainda doem, perdoe, trate-as imediatamente, mergulhe no amor de Deus, e reconheça suas maldades também, ao invés de focar apenas no que te fizeram de mal. Depois disso, siga sua vida, retome sua jornada, há muito o que se viver, há muita gente pra amar, há muitos passos a dar, há um longo caminho pela frente, não estacione no ponto da dor.

Houve um tempo em que fé para mim era sinônimo de religião, méritos próprios e obediência cega e incondicional aos “representantes” de Deus na terra. Hoje, para mim, fé é confiar em Deus, se entregando a Ele amando o próximo do mesmo jeito que Ele nos ama, sem frescura, sem fazer média, sem barganha, lançando fora os medos, de forma livre e sacrificial. É essa fé que me movimenta na vida.

Há pessoas que compartilham comigo situações que estão tão acima da minha capacidade de ajudar, que a única reação que consigo ter naquele momento é de chorar junto e pedir misericórdia a Deus por nossas mazelas.

Jesus jamais correu atrás de quem não queria ouvir sua mensagem, ele simplesmente acolhia e investia tempo para com os que tinham fome e sede do que ele propunha (as ovelhas sem pastor). Os campos estão brancos, há milhares de pessoas precisando de amparo e querendo ajuda, porque ficar insistindo com os que nada querem com o caminho de Jesus? Faça conforme ele ensinou: quando não os receberem, mudem de cidade. Simples e prático assim. Já quando os receberem e ouvirem suas palavras, fiquem ali e dêem todo suporte que precisarem para amadurecerem na fé e na consciência do amor de Deus.

Rodrigo Campos
Um Caminhante Aprendiz
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