Duas das perguntas que nos deixam mais ansiosos são as seguintes: Será que a minha vida está no rumo certo? E mais, será que estou construindo algo que valerá a pena, no final? A resposta a essas perguntas, geralmente vem recheada de comparações e tentativas de nos encaixar em algum modelo de “vida bem-sucedida”, e é exatamente isso que alimenta nossa ansiedade.

Daí, alguns ficam perplexos e se sentem diminuídos quando encontram alguém da mesma idade que já conquistou mais títulos, que estudou mais faculdades, que recebeu maiores reconhecimentos financeiros, que comprou um padrão de vida melhor, pois ficam se comparando a estes, sem pensarem no fato de cada um possui um caminho próprio, uma identidade singular, uma gama de oportunidades únicas, e que o mundo não é um antro de competições (ou não deveria), pois estamos aqui para desenvolver quem somos e propiciar o bem social por onde quer que formos, sem ficarmos medindo uns aos outros.

Dias atrás, estava assistindo um filme chamado “Ponte dos Espiões”, e o espião russo que seria condenado à morte foi questionado por seu advogado o porquê de ele permanecer tão calmo, sereno quanto ao seu possível futuro de condenação, ao que ele respondeu em outras palavras: Estar ansioso, preocupado, apreensivo, ajuda?

Se você olha pra sua vida, acredita que há algumas mudanças a fazer, avalia que é possível melhorá-la em algum aspecto, verifique primeiro se você não está tentando encaixá-la em algum tipo de modelo social que é relativo e que não necessariamente serve para você, depois disso, caso permaneça o desejo de mudanças, não se torne neurótico, dê passo a passo, sem pressa, na direção daquilo que pode ser melhorado e aprenda que as construções de vida são processuais, gradativas, e que o amanhã é sempre resultado das percepções e ações do dia chamado hoje!

Estar ansioso, preocupado, apreensivo, ajuda? Claro que não!

Rodrigo Campos
Um Caminhante Aprendiz