Certamente os discernimentos da Alma são ferramentas necessárias para a vida humana.
Filosofias, reflexões, complexidades, teorias e “ensinos ocultos”, nos fazem “empoderados” e, sutilmente, arrogantes no pensar e decidir das situações da vida.
Quando as tribulações são flagradas no outro, temos uma grande capacidade de incitar a Fé como escudo contra qualquer intempérie existencial.
Mas, e quando é você que se encontra em meio ao caos?
Convenhamos, parece que todo aquele papo de Fé que tanto você creditou, agora não tem tanta ênfase assim…
E por que? Por que como conselho possui tanta força, entretanto, como atitude própria, desfalece no próprio pensar?
Aqui cabe uma diferença entre racionalidade e racionalismo…
Racionalismos atribuem valor somente ao pensamento lógico e sistemático. É uma construção mental de um todo cujas partes são inter-dependentes. Tudo se encaixa, tudo faz sentido, tudo é provável e racionalmente possível.
A Racionalidade deve ser um atributo que transcende os encaixes lógicos e, sistematicamente, possíveis do ideal do Racionalismo. O ideal do Racionalismo são os logicismos, no entanto, a racionalidade deve prezar a sensatez da presunção de que os próprios pensamentos são falhos e insuficientes para se formar uma mente sadia.
A mente mente. Nossos próprios conhecimentos e reflexões, não raramente, nos levam ao cárcere mental, do qual não sairemos até que paguemos o último centavo…
Nossa mente mente. O tanto pensar, leva à conclusões que geralmente culminam em mágoas, orgulhos, ódios, invejas…
Dificilmente os racionalismos nos levarão ao Amor que apazígua e cura.
A mente mente e, por tal, abafa o dom da Fé. A Fé só é genuína quando praticada em cima da Rocha do Amor.
É quando se confia tanto no Amor de Deus que todas as lógicas reflexivas caem por terra.
É o agir pelo não agir.
É desconfiar dos próprios pensamentos e confiar todos os conflitos mentais para a Mente que não mente. A Mente de Cristo…
Nossa própria mente não é palha para o atropelo do dia a dia.
Nós estamos preterindo o Espírito Ajudador em favor dos “frutos” dos nossos próprios pensamentos e achismos.
E por saber que sou o “maior dos racionalistas”, peço:
Senhor, livra-me de minha própria tolice e me acende a Fé!
E o Senhor me responde:
Marcelo, não sobrecarregue seu coração, mas, confie! Eu teria muito para te explicar, porém, você ainda não conseguiria suportar!
Marcelo Bark
marcelobark@yahoo.com.br
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