Se por algum capricho
Ou por compromisso
Por algum feitiço
Ou por artifício
Ou sem nada disso
Mesmo assim!
A vida diz à vida que sim.
Com muita estranheza
Sem muita clareza
Sem a ter a certeza
Que será a pobreza
A sentar-se à mesa
Mesmo assim!
A vida diz à vida que sim
Se estou preocupado
Em ser o culpado
E estou ocupado
Em não mudar de lado
E não estar errado
Mesmo assim!
A vida diz à vida que sim
Eu sou competente
Em ficar contente
Em ser sobrevivente
Em ser resistente
E ir tocando em frente
É assim,
Que eu digo à vida que sim
“A crise tá tão feia
Que até as rimas
Empobreceram o poema”
Célia Marli
ondaaaa@hotmail.com