O que seria Amor?
Deus é e sempre foi amor, o ser humano tem costume de chamar de amor aquilo que se encaixa em seus gostos pessoais, nós amamos por interesses, e quando não existe nenhuma troca em jogo como barganha simplesmente deixamos de amar, não é a toa que se diz que o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera , tudo suporta.
Deus nos amou primeiro.
Amor é se doar para quem não tem nada pra lhe dar em troca, amor é tirar do nada pra existência. Ora, foi isso que Deus fez com nós, soprou do seu Espírito em nós para que tivéssemos consciência, esse amor é tão grande que consciência é escolha, escolha de ser bem ou mal, de escolher morrer ou viver, escolher amar ele e não amar ele, caso contrario teria criado robôs.
Deste modo entendemos que uma parte de Deus “morreu” quando nos criou também pelo fato de termos se afastado dele nos rebelamos contra o Eterno, somos rebeldes de sua graça e do seu amor, deveríamos ter deixados de existir em todos os aspectos, fisicamente e espiritualmente, a final escolhemos viver sem Amor/Deus, e como nada existe fora de Deus, deveríamos ter deixados de existir, porque não deixamos? O Sangue de Cristo, do cordeiro imolado antes da fundação do mundo, sua graça foi tão grande que nos fez existir sem Amor, é certo que o contrário de amor é ódio, o ódio gera vaidade da mente, vivíamos na vaidade da nossa mente sem amar Deus no próximo.
Tão grande essa graça. Esse amor, amor doador, Deus nos ama. Porque o primeiro ato do amor foi a criação, e a redenção precede a criação, pois se a redenção viesse depois seria remendo e não plano perfeito, esse é o cordeiro imolado antes da fundação do mundo, que nos sustentou ao ponto de não sermos consumidos pela santidade de Deus antes do sacrifício realizado na história, pois na dimensão espiritual eterna ele já “era”, ele é o “Eu Sou”, aquele que era, que é e que a de vir, isso transcende o tempo.
Se basearmos no Amor de Deus, sera que nós amamos ou queremos satisfazer nossos caprichos? Chamamos de amor o que é tesão, gostamos somente das pessoas que não contrariam nossos conceitos, isso é um fato incontestável.
Cada vez mais tenho certeza de que o que chamamos de amor na verdade é um alívio/distração para não aflorar nosso ódio existencial.
Somos seres insaciáveis, bebês chorões que se não temos algo para satisfazer nossas vontades, surtamos em ódio pela pessoa que não da nada em troca por nós, certamente temos esse ódio por nós mesmo pelo fato de termos errado com Deus no jardim do Éden e depois chamamos isso de amor?
Não é amor, é ódio disfarçado.
Ezequiel Pereira
zeze_pereira549@hotmail.com