Cotidianamente

Outra manhã,
Hoje de sol!!!
Amanhã?!
De chuva talvez…
Meses,
Quatro vezes,
De três em três!
E lá se foi mais um ano,
Igual…
Iguais?
Mas e tudo que aconteceu?!

Ao meio- dia
De um dia qualquer,
Escorreu-lhe o sangue
Pela calcinha.

À meia noite
De uma noite qualquer,
Descobriu-se mulher.

Numa  madrugada
De um dia qualquer,
Nasceu o primeiro filho.

Num inverno qualquer
(Ai …noite fria!)
Sua  mãe morria…

Numa tarde qualquer
De um outono qualquer,
Era seu pai que partia…

Numa  manhã,
(Cinzenta  manhã…)
O amor se despedia…

E nesse meio tempo
O café de sempre foi tomado
Cotidianamente,
Na  mesma caneca fria,
De coração
Desenhado!

E como sempre fazia,
Olhou-se  no espelho,
E  indagou a mesma pergunta,
E obteve  a mesma resposta:
NÃO SEI…

Célia Marli
ondaaaa@hotmail.com
celia

4 comentários sobre “Cotidianamente

  1. Assim é a vida. Assim é o cotidiano. Que poesia! Que olhar da realidade! Parabéns a você, Célia, e também a você, Rodrigo, pelo espaço cedido a ela. Texto bom. Poético. De uma simplicidade profunda. Poxa!!! Gostei demais.

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